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Colômbia anuncia que sairá da Unasul três dias após posse de Iván Duque
Organização com sede em Quito é formada por 12 países da América do Sul.
- / - G1 / FolhaMT
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A Colômbia anunciou nesta sexta-feira (10) que tomou a "decisão política" de se retirar da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). A medida já havia sido anunciada pelo presidente Iván Duque, que tomou posse na última terça-feira.
A Unasul, com sede em Quito, é formada por 12 países da América do Sul.
"Vamos proceder com o processo. A nota diplomática está pronta. Não foi enviada, mas estamos em um processo de consultas com outros países que aparentemente queriam tomar o mesmo rumo. Se uma decisão semelhante for consolidada após essas consultas, agiremos em conjunto", disse o chanceler colombiano Carlos Holmes Trujillo.
Em junho, Duque pediu que os países da região deixassem a Unasul, porque segundo ele a organização havia se tornado "cúmplice da ditadura da Venezuela". Ele deu a declaração depois de uma reunião em Washington com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
"Manifestei a Almagro meu desejo de seguir fortalecendo o sistema interamericano e que, nesse sentido, os países da América do Sul tem que avançar muito. Primeiro, convidando-os à retirada (da Unasul). A Unasul foi uma organização que realmente se transformou em uma cúmplice da ditadura venezuelana", disse Duque.
"Parte do fortalecimento do sistema interamericano é respaldar a Carta Democrática (da OEA) como instrumento regional para a promoção e o fortalecimento da democracia", completou o então presidente eleito.
Em abril, seis dos países-membros da Unasul (Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru) suspenderam sua participação na organização por tempo indeterminado e de forma indefinida devido à discordância sobre o funcionamento. A iniciativa foi tomada por um impasse com o governo da Venezuela em relação a escolha do secretário-geral da Unasul.