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Soldado norte-coreano consegue desertar à Coreia do Sul após ser baleado
Militar atravessou Zona Desmilitarizada na altura da Área de Segurança Conjunta de Panmunjom, único lugar onde membros dos dois Exércitos se veem frente a frente.
- / - G1 / FolhaMT
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Um soldado da Coreia do Norte conseguiu desertar ao Sul nesta segunda-feira (13) após ser ferido por disparos do exército norte-coreano enquanto cruzava a Zona Desmilitarizada, segundo informou o Estado-Maior Conjunto sul-coreano.
O militar foi levado a um hospital sul-coreano para receber tratamento devido a um ferimento no ombro, segundo um porta-voz do Ministério de Defesa da Coreia do Sul.
O incidente ocorreu às 16h no horário local (4h em Brasília), na Área de Segurança Conjunta de Panmunjom, o único lugar da Zona Desmilitarizada no qual soldados das duas Coreias se veem frente a frente.
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Soldados sul-coreanos conversam com médico que estaria atendendo desertor da Coreia do Norte (Foto: Lee Jung-son/Newsis/AP)
"O Exército [sul-coreano] aumentou seu nível de alerta perante possíveis provocações do Exército Norte-Coreano", explicou o Estado-Maior num breve comunicado.
O episódio mais sangrento na história da passagem - estabelecida após o término da Guerra da Coreia, em 1953 - ocorreu em 1984, quando o estudante soviético Vasily Matuzok desertou à Coreia do Sul aproveitando uma visita turística realizada a Panmunjom durante uma estadia na Coreia do Norte.
Matuzok começou a correr até atravessar para o outro lado da linha de demarcação militar, o que ocasionou uma prolongada troca de tiros que deixou três soldados norte-coreanos e um sul-coreano morto, além de seis feridos - um deles, um militar americano.
As Coreias do Norte e do Sul permanecem tecnicamente em cessar-fogo desde 1953, já que o armistício assinado na época nunca foi substituído por um tratado de paz definitivo.
Apesar do nome, a Zona Desmilitarizada, ou DMZ, é provavelmente a fronteira mais militarizada do mundo. A faixa de terra, de 4 km de largura por 248 km de comprimento, que demarca a fronteira entre os dois Estados, tem cercas elétricas, campos minados e muros antitanques.